Parasitas em animais: 5 coisas que precisas de saber!

Os parasitas podem transmitir diversas doenças, tomar diversas formas e estar nos locais onde menos esperamos. Assim, é importante ter algum conhecimento sobre estes organismos para proteger os nossos patudos com as melhores ações.

Parasitas em animais: 6 coisas que precisas de saber!

Transmissibilidade para o ser humano

Quando um animal tem parasitas podem surgir zoonoses, isto é, doenças de animais transmissíveis para o ser humano. Assim, desparasitar os animais é fundamental para preservar a saúde dos patudos, dos tutores e também do meio que os envolve. Porquê o meio? Quando os patudos têm parasitas, como as pulgas, acabam por espalhá-los pela casa. É importante perceber que as pulgas que vemos no nosso animal são uma pequena fração do total, já que as pulgas colocam muitos ovos por dia na fase em que são mais visíveis, a fase adulta.

Quando o animal anda pela casa, deixa cair pulgas no chão, na cama, no sofá e essas pulgas deixam ovos que passam depois a larvas e pupas, infetando o ambiente.

A prevenção é a melhor cura

A melhor forma de evitar que os parasitas invadam o seu espaço e o do seu patudo é a prevenção. Há vários tipos de parasitas que se podem reproduzir rapidamente no nosso ambiente. Estes são as já mencionadas pulgas, as carraças, os mosquitos, flebótomos, ácaros, piolhos. Todos os parasitas externos mencionados, não causam apenas irritação quando picam a pele, mas também doenças dependendo d vetor, nomeadamente leishmaniose, dirofilariose, febre da carraça, Dermatite Alérgica à Picada de Pulgas, entre outros. Adicionalmente, as infestações por pulgas podem também causar anemia, irritação e stress nos animais.

Deve assim dirigir-se a um médico veterinário com o seu patudo e desparasitá-lo com a periodicidade e o método adequados. As recomendações do médico veterinário dependerão da idade e estilo de vida do patudo. Todavia, alguns dos métodos utilizados poderão ser uma pipeta mensal, um comprimido, uma coleira ou uma associação de medicamentos.

Há vários tipos de febre da carraça

As carraças fixam-se à pele dos animais e podem transmitir doenças sanguíneas. Sem o devido tratamento poderão até levar à morte. Por isso, é muito importante estar atento e proteger o seu animal deste parasita.

As carraças, como maioria dos organismos, têm um ciclo de vida. Começam por ser um ovo, depois uma larva, uma ninfa e um adulto. Normalmente, só as vemos na fase ninfa e na adulta. Porém, em cada fase da sua vida, a carraça pode trocar de ambiente. Deste modo, a carraça desprende-se do hospedeiro e aguarda por outro hospedeiro, que pode até ser um humano. Este tipo de parasita é muito resistente e pode sobreviver semanas escondido nos nossos ambientes até ter um novo hospedeiro.

Quando se agarram a um hospedeiro e transmitem a chamada “febre da carraça” pela picada, as carraças podem estar a transmitir três “febres” diferentes. Falamos da erliquiose, através de bactérias, babesiose e hepatozoonose com protozoários. Todas estas doenças são tidas como “febre da carraça”, mas diferem na sua causa.

Os parasitas podem ser transmitidos por mosquitos

Os animais podem ser infetados por parasitas através de mosquitos infetados. No entanto, o processo também pode ser inverso. É verdade, animais infetados podem infetar os mosquitos que os piquem e esses mosquitos acabam por infetar outros animais ao picar-lhes.

Tomemos o exemplo da leishmaniose, uma zoonose causada por um protozoário. Esta doença é transmitida pelo flebótomo, uma espécie de mosquito mais pequena. Quando o flebótomo pica, o parasita entra na corrente sanguínea do patudo, invade diversos órgãos e faz reagir o sistema imunitário. Estas ações provocam severas lesões e podem levar à morte. Os principais sinais da presença deste parasita são a perda de peso, falta de apetite, perda de pelo, problemas renais, crescimento anormal das unhas, feridas na pele, dificuldade de locomoção, lesões oculares, diarreia.

Portanto, é muito importante ter a desparasitação em dia para o bem da saúde dos patudos, da nossa e dos nossos ambientes, já que até um mosquito pode facilmente trazer bastantes parasitas consigo.

Há parasitas internos além de ténias e lombrigas

Os parasitas internos, como os nemátodos (lombrigas), céstodos (ténias) e protozoários (giardia, coccídias) são organismos que se instalam, crescem e se alimentam no organismo de um hospedeiro sem contribuir para a sua sobrevivência. Muitos animais acabam por sofrer deste mal e, se não forem tratados, a presença destes parasitas pode ser muito grave para a saúde do patudo. Para além disso, alguns podem acabar por ser transmissíveis para o ser humano, o que é incómodo tanto para o tutor como para o patudo.

No que toca aos céstodes, são bastante comuns e têm como principal intermediário a pulga. Este parasita pode entrar  no organismo do animal com a ingestão acidental deste intermediário assim que o animal se coça ou lambe. Por outro lado, a ingestão de roedores ou carne crua também pode contribuir para o surgimento destes parasitas internos.

Já os protozoários transmitem-se internamente pela ingestão de cistos de Giardia, isto é, formas do parasita libertadas pelas fezes de animais e humanos infetados, podendo sobreviver por longos períodos de tempo em ambientes húmidos. Infelizmente, acabam por ser resistíveis a desinfetantes comuns.A

Assim, há um conjunto de motivos que elevam a relevância de desparasitar o seu patudo, para um dia-a-dia com mais saúde e felicidade.

 

Deixe um comentário