Sabe como se aproximar de um cão em segurança?
“Estamos a andar tranquilamente pela rua. Encontramos um dono a passear o seu cão: uma bola de pêlo amorosa, a quem só queremos fazer festas”.
Para quem gosta de animais, este é um acontecimento frequente.
No entanto, devemos respeitar a natureza e o instinto do cão. Caso contrário, a situação pode tornar-se dolorosa: para nós, para o cão e para o dono deste.
Importa antes de mais compreender que nem todos os cães gostam de ser acariciados, muito menos por um estranho: tal como não nos agrada que um desconhecido invada o nosso espaço pessoal, também eles podem não gostar.
Se queremos aproximar-nos de um cão que não nos conhece, devemos apresentar-nos de acordo com a sua linguagem, respeitando sempre e em última instância, a sua vontade.
Neste artigo encontrará 5 dicas fundamentais para saber como se aproximar de um cão.
DICA 1: PERGUNTE AO DONO SE PODE FAZER FESTAS
Normalmente esta é uma questão que não é considerada. Não por maldade ou mesquinhez, mas pura e simplesmente porque não se compreende a sua importância.
Alguns cães podem ser medrosos, ter problemas de saúde ou simplesmente não serem tão sociáveis. Em primeiro lugar, é fundamental que pergunte ao dono se o cão é amigável e gosta de receber festas.
Na eventualidade do dono não permitir que se aproxime, não leve a mal. Significa que há um motivo de força maior e que a sua aproximação poderia causar stress ou medo ao animal.
DICA 2: EM CASO AFIRMATIVO, APROXIME-SE COM MOVIMENTOS LENTOS E BAIXE-SE ATÉ FICAR AO SEU NÍVEL. COLOQUE-SE LADO-A-LADO
Quando nos aproximamos e nos inclinamos sobre um cão, demonstramos um sinal de dominância. Esta pode revelar-se uma situação intimidante para o animal – que não nos conhece de lado nenhum – pode reagir com medo e, consequentemente, entrar em modo de defesa, partindo para o conflito.
DICA 3: DURANTE ESTE PROCESSO, TENTE NÃO FAZER CONTACTO VISUAL PROLONGADO
Uma vez mais, este é um sinal de dominância e o cão pode interpretá-lo como um sinal de desafio, preparando-se para lutar. Evite o contacto visual durante demasiado tempo.
DICA 4: DEIXE O ANIMAL CONHECÊ-LO
O principal órgão dos sentidos do cão é o olfato. Como tal, este conhece-nos pelo cheiro. Inicialmente, ofereça as costas da sua mão para que este o cheire. Deixe-o conhecê-lo antes de tentar acariciá-lo.
DICA 5: INTERPRETE A LINGUAGEM CORPORAL
O cão pode ou não querer interagir naquele momento e deve respeitar-lhe a vontade.
De uma forma geral, se o animal estiver relaxado e com a cauda a abanar, está feliz e disponível para a interação: nesse momento pode fazer-lhe festas. Preferencialmente, na zona lateral e do queixo, por ser menos intimidante e invasivo do que na cabeça;
Se o animal se afastar ou apresentar uma postura mais rígida, com a cauda entre as pernas, não force a interação e não invada o seu espaço pessoal.
Esta abordagem assume um papel ainda mais preponderante quando falamos de crianças, especialmente porque de vez em quando ouvimos ou lemos nas notícias sobre uma criança que foi mordida por um cão.
Se tiver uma criança, por mais que ela goste de animais, ensine-lhe que não se deve aproximar de um cão sem mais nem menos: explique-lhe que se deve perguntar primeiro ao dono se lhe pode fazer festas; depois (em caso afirmativo), poderá aproximar-se lentamente, deixando que o cão a cheire e, só por último, poderá acariciá-lo.
Assim, sempre que quiser fazer festas a um cão, considere esta abordagem. Será muito mais satisfatório para todos os intervenientes – em especial para o animal – e prevenirá possíveis desgraças.
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